Natal no Hospital São Paulo - 24/12/2003

Há muito tempo eu tinha vontade de passar uma tarde no hospital com as pessoas para conversar e levar um pouco mais de ânimo.

Em meados do mês de novembro, estávamos fazendo uma reunião do Grupo Beija Flor sobre as festas de natal, quando falamos também sobre o natal para o Hospital.

O hospital escolhido foi o Hospital São Paulo - na zona sul de São Paulo.

Fizemos um contato com a nossa amiga Cida que é uma das enfermeiras deste hospital.

Após levantamento de anos anteriores, chegamos a uma média de 120 pacientes que  ficaram internados  no dia do natal em anos anteriores. Feito isso, discutimos como o que daríamos a todos. 

Para os enfermos eles ganhariam: uma toalhinha de mão, um sabonete, uma escova de dente  e uma pasta de dente. Para os enfermeiros eles ganhariam: um sabonete de glicerina com  desenhos de natal.

Na entrada de cada enfermaria seria pendurado uma guirlanda de papel colorido e nas  mesas centrais seriam colocadas árvores de natal feitas com folhas de revista.

Tudo pronto, alguns ficaram de comprar estes itens na 25 de março na semana seguinte,  a Vera e a Catia ficaram responsáveis por  fazerem os sabonetes, as guirlandas e as árvores e a Cida ficou de providenciar uma  autorização para a nossa entrada no hospital.

Cada sacolinha foi embrulhada com o máximo de carinho, deixei na minha casa e fui  trabalhar no dia seguinte.

Para minha surpresa quando retornei do trabalho, meus pais já haviam embrulhados 150 presentinhos, cada um com um laço e todos feitos da mesma maneira com o mesmo carinho.

O ponto para encontro era a minha casa e quem não pudesse vir, iria nos encontrar no  próprio local.

Onze horas da manhã as pessoas começaram a chegar, nossa idéia era começar ao meio dia  e finalizar até as 15.00hs.

Pedi ao nosso amigo Edye que trabalha com teatro para que ele pintasse o nosso rosto. 

Todos foram pintados na bochecha, alguns tinham com corações, gostas, triângulos.  Na minha pedi para ser pintado com um sol e um Beija Flor.

Quando a Cida chegou, trouxe junto com ela uma figura de Jesus Cristo com alguns  dizeres na parte de trás. No início a idéia era apenas levar um pouco de alegria e  esperança para eles e também por que não levar o nosso querido Mestre já que estávamos no aniversário Dele. 

Nos links a seguir, você poderá ter uma idéia do que entregamos a eles.
Parte da frente: clique aqui
Parte de trás..: clique aqui

O Edye vestiu uma roupa toda azul e usava um pinico na cabeça, ele era o Dr. Pinico. Eu peguei emprestado um enorme pente, que logo de início me lembrou o Zé Bonitinho, fiquei treinando em casa. O Marcos pegou um grande  coração vermelho e as outras meninas cada uma ficou com  uma placa de pepelão que haviam dizeres assim : Já nasceu Deus menino, Saúde, Esperança,  Jesus vem trazendo, Amor, Alegria, Beija Flor, Feliz Natal feitos com cola colorida como é mostrado a vocês neste link clique aqui 

Foi muito legal, pois eu tinha muita vontade de me vestir assim para fazer  algumas palhaçadas e quando pintamos o rosto parece que fica mais fácil de faze-las.  Fizemos uma oração, a Cida nos falou um pouco sobre como deveria ser o nosso comportamento perante os pacientes e fomos seguindo para o Hospital ao encontro das pessoas.

Chegando ao Hospital encontramos mais alguns integrantes do Grupo e acabamos entrando  no hospital em 14 pessoas.

Tentamos ficar treinando antes de entrar no primeiro quarto, nem sabíamos o que fazer, mas foi bem legal.

O primeiro a entrar foi o Edye, a idéia era o Edye (Dr. Pinico) entrar mudo e ir puxando com uma corda imaginária todos nós. Formamos uma fila e  cada um de nós ia entrando no quarto em fila com as placas nas mãos.

No início eu era um dos últimos, quando eu entrava parava na porta, virava o rosto e  passava aquele enorme pente nos cabelos.

Quando eu passava por algum médico(a) ou enfermeiro(a), eu sempre dava uma parada para acertar o cabelo deles, pois com aquele pente não tinha quem não dava um sorriso.

O Edye, quer dizer o Dr. Pinico, tirava o pinico da cabeça e falava para as pessoas jogarem tudo que não tinha sido bom em 2003 que ele iria jogar fora. Feito isso, o Marcos entrava em cena, abria o grande coração e dizia para a pessoa jogar tudo de bom de 2003 que iria ser duplicado para 2004.

Várias foram as brincadeiras, as pessoas davam muitas risadas conosco. Quando estava chegando a hora de ir embora do quarto, virávamos um para o outro e falávamos assim: ele(a) é legal, era um coro só: legal, legal, legal, então merece um presente e dávamos o presente junto com a mensagem de Jesus.

Vários foram os pacientes que se emocionaram conosco. Houve até um andar que gostaram tanto do nosso trabalho que pediram para que fossemos na UTI.

Não vou esconder, mas todos que estavam com o pé meio pra fora da cama eu fazia cócegas ahahahah era muito engraçado.

Ficamos muito satisfeitos com este trabalho, já estamos cogitando de se tornar mais um trabalho do Grupo Beija Flor.

Junte-se a nós.

Vamos levar sorriso e esperança para as pessoas. Se você já assistiu o filme Path Adams sabe do que estamos falando.

Ufa que sorte sobraram ainda 5 presentes, deu tudo certo, obrigado Papai do Céu.

abraços

Eduardo