Depoimentos de quem já participou

Grupo Beija Flor


Campanha Natal 365 dias do ano  - 19/06/2004 

Vou tentar passar parar vocês a alegria que senti atendendo uma cartinha da campanha 'Natal 365 dias do ano'.

Conheci o site amigo e o trabalho do Grupo Beija-Flor através da minha prima Simone, ela ansiava por atender alguma cartinha, mas ainda não tinha chegado a minha hora. 

Acho que tudo tem o momento certo para acontecer.

Mas a Simone passou a me encaminhar os emails diários do site amigo e cada vez me envolvia mais. 

O que me tocou fundo foi a campanha dos cobertores. 

Eu não queria apenas ajudar com dinheiro, queria participar da entrega, queria sentir a alegria de ver a alegria nas outras pessoas. 

Não consegui comparecer no dia da entrega, confesso que não me empenhei muito em superar os obstáculos para estar lá, não conhecia ninguém e achei que fosse me sentir 'um peixe fora dágua' no meio do grupo. 

Hoje sei que estava completamente enganada, iria me sentir muuuuito feliz. 

Mas com certeza terei outras oportunidades, e agora eu sei que não perderei por medo bobo!!!

Depois de perdida essa oportunidade e de ficar triste ao receber o email referente ao sucesso da entrega dos cobertores, resolvi seguir meu coração e escolher uma cartinha.

Escolhi então a cartinha de uma mãe (Suzana) que pedia ao Papai Noel, brinquedos, comidas gostosas e roupas para suas filhas, Bruna e Camila. 

Comentava ainda que a Camila precisava de uma bota ortopédica.

Nem preciso dizer a alegria da Simone quando a convidei para me ajudar a atender o pedido dessa mãe.

No dia em que recebi o telefonema do Eduardo do Grupo Beija-Flor para me orientar referente ao atendimento da cartinha, estava desanimada com problemas pessoais e cheguei até em pensar em deixar para depois tudo isso. 

Mas qual não foi minha surpresa quando ao desligar o telefone, meu desânimo havia sumido e a empolgação com os preparativos tinha tomado conta de mim.

Quando recebi o email com a cartinha escaneada fiquei emocionada. 

Só de reler a carta escrita de próprio punho pela Suzana.... não dá para descrever o que senti. Aos poucos tudo ia se tornando mais 'real'.

Eu e a Simone começamos então os preparativos. Eu parecia uma criança escolhendo os brinquedos, tamanha era minha alegria. E por pouco não levei 'a loja toda'.

Enquanto isso, o Eduardo tentava contato com a Suzana.

Cheguei a ficar triste quando, na véspera da visita, não havíamos conseguido nenhum contato e havia a possibilidade de chegarmos lá e não ter ninguém em casa, ou até mesmo da família ter se mudado.....

A surpresa foi quando o telefone tocou e o Eduardo me colocou para falar com a própria Suzana. Era ela! Não sei quem estava mais nervosa, se eu ou ela. 

Ela estava curiosa para saber do que se tratava e nós, lógico, não podíamos estragar a surpresa. 

Apenas avisamos que estaríamos fazendo uma visita em sua casa no dia seguinte. 

Já não me continha de alegria, aquela voz nervosa era da pessoa que eu ia ajudar. Para quem eu ia levar um pouco de esperança. Como isso é bom!!!!

Desliguei o telefone eufórica e ansiosa. Ainda faltava providenciar as roupinhas para as meninas e escolhê-las foi ainda mais emocionante do que os outros preparativos. 

A família existia! E estava lá, esperando por nós!

Passei a noite preparando os embrulhos e imaginando a entrega. Minha ansiedade estava a mil!

No dia seguinte lá estávamos nós, os 'assistentes do Papai Noel', seguindo para Osasco. Parecia não chegar nunca!

No caminho combinamos como íamos nos apresentar, o que íamos falar. 

Mas quando chegamos e fomos recebidos por eles eu 'travei'. 

Estava com a resposta do Papai Noel nas mãos mas não conseguia falar nada....

Minha prima então tomou a iniciativa e começou a conversa. Não conseguia conter o meu nervosismo, tamanha era a alegria que me invadia.

Entregamos a cartinha do Papai Noel que a Suzana leu em voz alta em meio às lágrimas de emoção. Ela não acreditava que aquilo estava acontecendo, não acreditava que estávamos realizando seus pedidos, que alguém tinha lido sua carta!

Enquanto foram buscar os presentes no carro, eu e a Simone ficamos conversando com a Suzana e fui conseguindo me acalmar. 

Explicamos para ela que foi a sua FÉ que havia feito chegarmos até ali.

A hora de abrir os presentes foi uma alegria. Lógico que as meninas deram maior atenção para os brinquedos, mas adoraram também as mochilas com materiais escolares que minha prima preparou. 

A cada material que tiravam de dentro da mochila exclamavam: 'Olha mãe!'

O que a Bruna mais gostou foi de um joguinho de panelinhas e logo já preparou 'quitutes' e serviu para nós.

A Camila ficou encantada com o estojo de maquiagem e com a lancheira!

É muito gostoso ver que não é preciso muito para trazer alegria e esperança para o próximo. 

O abraço apertado que recebi de cada uma delas não tem preço. Eu não queria ter que ir embora. 

A essa altura já estava sentada no chão brincando com as meninas!

Mas nossa missão estava cumprida! Já havíamos plantado a semente de esperança naquela família e deixado a mensagem de que Deus nunca esquece de seus filhos.

Chegou a hora de irmos, de deixar aquela família curtindo os sonhos realizados.

Suzana nos acompanhou até o carro e pude perceber que ela também estava feliz com a nossa presença e que também não queria que aquele momento terminasse. Nos contava coisas do seu dia-a-dia.

Como fiquei feliz! Não vou esquecer de seu rosto emocionado, de seus olhos nos seguindo enquanto íamos nos afastando, nem dos beijos melados com a maquiagem da Bruna e da Camila.

Naquela casa simples, de um cômodo, encontrei a felicidade. Aquela família, que fomos ajudar, também nos ajudou. 

A gratidão deles é uma benção. A sensação com que sai de lá e que ainda estou sentindo é indescritível.

A vontade de voltar àquela casa e de ajudar outras e outras famílias é enorme.

Entendi que os presentes materiais, com certeza, são de muita valia, mas o mais importante é a troca de energias, de amor, e de esperança que fizemos.

Ah! A bota ortopédica? 

Eles já haviam recebido da prefeitura, mas sei que nossa visita vai fazer com que eles não desanimem diante aos obstáculos da vida. 

E sei também que ainda terei outra alegria, pois essa bota não vai servir no pézinho da Camila durante os 3 anos que ela precisa de tratamento. Um dia ela vai precisar de outra. 

E quando esse dia chegar, aí sim teremos encerrado o atendimento desta cartinha....

...enquanto isso espero ter a alegria de atender outras....

Flávia Bailo - email: webmaster@pshop.com.br

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