Depoimentos de quem já participou

Amigo Beija Flor


Campanha Natal 365 dias do ano - Junho/2005 em São Paulo 

Papai Noel existe.

Alguns dias atrás escolhi uma cartinha para atender um pedido feito ao Papai Noel.

Havia escolhido um menino de 16 anos que tinha pedido um par de tênis, mas me pediram para escolher outro pois já havia uma pessoa vendo esse presente.

Escolhi a Evelin que só havia pedido um fogãozinho!

Foi difícil encontrá-la pois o endereço estava incorreto e na carta tinha o CEP de uma cidade do interior. 

Como queria falar com a mãe da menina para ver se ela não tinha ganho o fogãozinho, liguei para a Telefônica que não conseguiu localizar esse endereço naquela cidade.

Expliquei o caso a telefonista e ela me deu o telefone da Prefeitura. Mais uma vez expliquei o caso e fui encaminhada para a Assistência Social que colocaram um motorista para ir averiguar essa rua .

Infelizmente depois de alguns telefonemas, me foi dada a informação que naquela cidade não existia tal rua. 

Voltei novamente a estaca zero, escrevi para o Beija- Flor e expliquei a minha dificuldade.

Recomeçamos a busca ( falo recomeçamos, pois foram tantas pessoas me ajudaram a encontrá-la que preciso colocar no plural), fomos atrás da cartinha original e dentro dela havia uma data com o nome Suzano...nova luz no final do túnel!

Mais uma vez a telefonista não queria me fornecer o número de alguém que morasse na mesma rua, até que contei sobre o presente. 

Na mesma hora, ela me arrumou de uma vizinha muito distante da casa da Evelin. 

Bem liguei, contei e pedi que fosse até a casa da menina e desse o recado para que a mãe entrasse em contato comigo, mas não tive retorno. 

Mais tarde soube que não tinham nem dinheiro para comprar um cartão telefônico.

Mais uma vez a vizinha foi também Papai Noel e fez todas as averiguações que precisava e ainda tive a resposta que além da Evelin, existiam mais 4 crianças que moravam junto na casa.

Bem , saí radiante, a criança existia! Comprei o fogão enorme até com micro ondas junto e presentes para todas as crianças.

Um amigo se ofereceu de ir comigo até lá, pois conhece Suzano e lá fomos nós.Uma longa distancia de minha casa...quase 2 horas, mas que pareceram 15 minutos tamanha a minha felicidade.

Custamos muito para encontrar, já era perto das 21:00hs da noite e nada, mas sabia que o Papai Noel estava sentado no banco de trás do meu carro me indicando o caminho.

Chegando lá, ela não estava. Me contaram que a mãe vai buscá-la toda sexta feira a noite e retorna no domingo, pois durante a semana as tias cuidam dela enquanto a mãe trabalha fora.

Naquela casinha de um cômodo, vi tantas pessoas alegres com a nossa chegada, eram tantas crianças, e todos olhando os presentes felizes. 

Cada um me perguntava se o Papai Noel havia recebido a sua cartinha, pois também haviam escrito ...seus olhinhos brilhavam quando fui chamando um por um e dando os presentes. Nesse momento até se esqueceram o que haviam escrito, eles fizeram a festa sem a Evelin. 

Até parece que eram eles as crianças escolhidas!

Foram até a calçada, queriam olhar dentro do meu carro pois achavam que o Papai Noel, estava lá, pois até barba tinham visto. 

Foi uma alegria.

Me contaram que a Evelin andava chorando à toa pelos cantos, pois estava muito triste com a separação dos pais e que aquele fogãozinho iria deixá-la muito feliz e esquecer um pouco sua tristeza.

Depois de dois dias liguei para um parente para saber como ela estava, e me disseram que a Evelin ficou tão feliz que nem tinha mais tempo de ficar triste.

Depois disso tudo o que senti é que Papai Noel existe. Hoje em dia creio que existe mesmo, pois foi ele quem me orientou em todas as dificuldades que encontrei pelo caminho.

Sei que a Evelin nunca esquecerá que um dia Papai Noel atendeu seus desejos. 

Por mais que essa vida mostre uma realidade dura para ela, sabe que tem alguém lá em cima que está sempre olhando por ela.

E para quem nem acredita em Papai Noel, eu garanto que ele existe...até escreveu uma cartinha me agradecendo a ajuda e me disse ainda que eu estou em comunhão com ele, viu!

Mariângela Malschitzky - mariangelamello@terra.com.br

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