Ampara sempre


Se a treva do mal procura 
Mergulhar-te na amargura,
Não te aflijas, meu irmão !...
Olvida o fel que te invade
E acende a luz da bondade
No templo do coração.

Muitas vezes, a ironia
Sob a cólera sombria,
É o grito de angústia e dor.
Alma revolta na vida
É como a terra ferida, 
Necessitada de amor.

Ampara sempre... o caminho
Nem sempre será de arminho
Que te convide a cantar.
Terás, igualmente, um dia,
A luta, o pranto e a agonia
Por viver e atravessar.

Alguém clama ou desespera ?
Silêncio ! Trabalha e espera
Na alegria calma e sã...
Sobre a noite brilha e aurora
E, além das sombras de agora,
O dia volta amanhã.

João de DEUS
Francisco Cândido Xavier

 

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