Vendedora de doces


Ângela, estava cansada demais para rebater as acusações da mãe. 

Ela havia andado o dia inteiro atrás de emprego e como sempre não havia conseguido nada. 

Sua mãe não parava de falar, onde já se viu uma mulher com 36 anos, desempregada há tanto
tempo....ela deveria aceitar qualquer coisa. 

Sua cabeça parecia que ia explodir á qualquer momento. Queria chorar, mas 
não tinha sequer lágrimas. Queria fazer uma oração, mas sua fé estava 
desaparecendo. Sentia que a sua vida estava sem rumo, sem futuro e ela não 
tinha disposição para mais nada. 


Ao contrário da irmã que estudara enfermagem e hoje tinha emprego estável e muito bem remunerado, ela só havia estudado até o antigo Ginasial. 

Seus empregos eram sempre de ajudante geral com salário mínimo ou pouco mais na carteira. 

Solteira e com uma filha de 11 anos para cuidar, se não fosse a casa e os cuidados da mãe, ela nem sabe o que faria da vida. 

Vida, que vida era aquela? Que fazer? A quem recorrer. A sua última tentativa havia sido uma igreja que dizia ter a solução para todos os seus problemas. 

Acabou dando seus últimos recursos em uma promessa de melhora que não veio. 

Sentiu-se traída por Deus, pelos pastores e por toda a igreja.

Dormiu e sonhou com uma pessoa sem rosto. 

Era uma voz que ela jurava conhecer, mas não conseguia identificar. 

O lugar era uma praça com muitas árvores, ela estava sentada com essa pessoa em um banco de ripas largas e tudo ali era paz. 

A pessoa estava dizendo que era hora dela buscar uma solução para sua vida, que os problemas, ela e todo mundo ao redor dela, sabiam quais eram. 

O caminho estava no trabalho, mas se não conseguia um emprego porque não realizar outras atividades. 

Ela fora abençoada por Deus com pernas e braços saudáveis, dispunha de recursos da visão, da 
fala, da audição e estava desperdiçando tudo isso em reclamações sem fim. 
Era hora de pensar em soluções e não mais nos problemas. 

Acordou mais leve, mas sentia que até no "céu" estavam cansados de suas reclamações. 

Mas o que fazer...opa, o que foi mesmo que o homem disse?

Para parar de reclamar e buscar soluções. 

Foi assim que Ângela foi para a rua naquele dia, buscando soluções. 

Pediu a Deus que lhe mostrasse um caminho, uma solução. 

Caminhou por algumas horas e quando ia atravessar aquela avenida movimentada, um garoto lhe
ofereceu bala de goma: - Vai senhora, duas por um real. Tá uma delícia de doce!

Ela riu e pegou sua última moeda e comprou o doce pensando na sua fome e na filha. 
Enquanto desembrulhava a bala, percebeu que também haviam adultos vendendo a bala e resolveu
perguntar para o rapaz que comandava a equipe, sobre aquele negócio. 
Descobriu que cada caixa de goma custava R$ 4,00 e vendendo duas unidades 
por R$1,00 o lucro era de R$ 11,00 por caixa.

Era o sinal! Foi para casa, quebrou o cofre da filha, pediu R$ 1,00 para a mãe e com R$ 4,00 
comprou a sua primeira caixa de balas de goma. 

Saiu com a caixa já aberta oferecendo a todos que passavam na rua, entrava nas lojas, nos bancos e oferecia:

- Vai balinha moço. Tá uma delícia de Doce. Duas por apenas R$ 1,00.

Duas horas depois, comprava a segunda caixa e no final do dia contabilizava a venda de 3 caixas e meia. Quase R$ 40,00 de lucro!!! 

E assim ganhou coragem e foi avançando pelas ruas. 

Andando com um sorriso e conquisitando a todos. 

Em dois meses já tinha até freguesia fixa e aumentara as opções de doces e até alguns salgados.

Seu faturamento pulou para acima de R$ 80,00 por dia. 

Um ano e meio apenas nos separa daquele dia de choro e dor, um ano e meio de trabalho e Ângela, 
inaugura hoje o seu "mini atacado de doces", a loja batizada com o estranho nome de "O homem do 
banco", já tem fila na porta, são os vendedores e vendedoras ambulantes da Ângela que também 
apostam em mudanças. 

Que bom que você também acredita em sonhos. Vamos realizá-los?

Para você que acredita que os problemas são oportunidades e chamados da vida. 

Autor Desconhecido


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