Pai querido


Me lembro sempre de ti
sentado comigo na varanda
quando eu ainda guri
coruja como um urso panda.

Eu ficava a perguntar
sobre as coisas da vida
e tu sempre a argumentar
com carinhosa acolhida.

Quando andávamos pela praia
com os pés molhados no mar
muito te usava como cobaia
para os meus sentimentos treinar.

E tu sempre tão pacientemente
com aquele teu jeito bonachão
conseguia me deixar contente
agindo sempre com o coração.

Me ensinastes a amar
e a buscar as razões da vida
aprendi a perdoar
para crescer sempre na lida.

Nos nossos passeios no quebra-mar
quando as ondas nos respingava os pés
sentia o gosto salgado do mar
como se estivesse num navio no convés.

Nunca imaginei que um dia
estaria aqui a falar de saudade
daquela eterna folia
de uma amizade feita de sinceridade.

Fazes muita falta ao meu coração
mas contigo aprendi
a viver a vida com ponderação
como nas praias de icarai.


©Rick Steindorfer


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