Timoneiros de nossas naus

Ouço no som da noite
o ruído do vento no ar
que sou como um convite
para a paz experimentar.

Em seu silêncio a alma busca
aquilo que só ela sabe
por isso jamais se ofusca
naquilo que só a ela lhe cabe.

A paz das palavras no peito
na calma do profundo amar
o agito da dor em meio leito
me desperta a vontade de me dar.

São coisas tão eternas da vida
que poucos podem provar
pois só quem enfrenta a lida
pode seu interior renovar.

Somos apenas passageiros no mundo
uns das almas dos outros
de passado sei lá donde oriundo
agindo uns na vida doutros.

Sem nome e identidade, a alma
caminha no silêncio das noites
em sua busca feita com calma
e sua vontade como um açoite

Somos sinais de nós mesmos
timoneiros de nossas naus
jamais seguimos a esmos
ageis e firmes como bacuraus.

©Rick Steindorfer


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