Pretensão


Longe de mim
Querer ter o mundo a meus pés,
Se detenho a fantasia
Que espezinho o mundo,
Enquanto ele se dobra fiel e docemente,
Ao sabor da minha mente.
E posso, nas ruas esgueirar-me.

Jamais quis ter a lua,
Se consigo gravá-la na retina,
Roubar dela toda a frieza,
Apossar-me de toda sua altivez
E fazê-la minha.

Para que quero o mar
Se sua grandeza me intimida e
Nas ondas revoltas, faço-me de barco
E deixo-me levar sutil e silenciosamente,
No seu embalo, me perder.

Mas, quero a vida!
Por ela lutarei na incoerência
De todas as minhas vontades.
Quero a vida na exuberância
De tudo o que ela possa me oferecer
Quero a vida para com ela
Alimentar todas as fantasias contidas
Quero a vida
Para afugentar meus medos,
Quero a vida
Para eu poder surgir
Em todas as esquinas
E ser coerente em tudo
O que foi
Dito.

Rebeca Cavalcante de Oliveira


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